18.12.13

Joyeux nöel !!

Das várias categorias nas quais me integro hoje em dia, há uma que faz toda a diferença : sou emigrante.Ora meus senhores,segue-se um texto emocional, toca a trazer o lencito para limpar a ranhoca...

Saí do meu país e vim para outro, como muitos, passei a falar outra língua a 70% do meu dia,passei de ver os meus pais e a minha irmã de todos os dias para poucos dias, passei a estar longe, não só fisicamente,de muita gente que sempre me  acompanhou  e de quem me desconectei.

Ser emigrante não é fácil,implica não perceber o que muita gente diz à tua volta (especialmente quando acabados de chegar,fresquinhos e cheiiiiiiinhos de medo de não agradar às pessoas,especialmente ao teu empregador),ter a pronúncia portuguesa é flagrante,  toda a gente topa que não és 'daqui'.
Tornas-te no maior patriota que existe, em que frases como: já foi a portugal??não??! Mas TEM de ir. É magnífico. 

Estas frases saem-te,assim,com um saudosismo enorme, e de repente dás por ti e já és como aquele tio emigrante que vai a Portugal e traz ricoré para a tua avó, chocolates e prendas para todo o mundo, como que para compensar a tua ausência(o bucho cheio agradece).

Sinto-me assim,às vezes bate uma saudade forte mas controla-se a mente,respira-se e pensa-se que estamos a construir algo. O tempo acaba por fazer esquecer as saudades de tudo, e as visitas quase à médico também.Ninguém disse que era fácil, e eu sei que não tenho razões de queixa..mas não consigo conter, acho que temos todos dois grandes pares de c*lhões, fomos à luta, caramba!

Felizmente, tenho tanta gente boa á minha volta, a minha pequena família, que se une sempre que dá e que é sempre tão bom :)
No trabalho também não me posso queixar,também tenho lá outra pequena grande família, e ainda bem, porque quando tudo está mal, é quem me atura mais.


Por isso, da tia ou prima emigrante,

Um ricoré e um santo natal.